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Obrigue a todos!

20 de abril 2012

Obrigue a todos!

“Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa.” (Lucas 14.23)

Estas foram as palavras do Senhor Jesus na Parábola dos convidados, as quais Ele dirigiu aos Seus servos que se encarregaram de trazer convidados para a Sua ceia, a fim de que a Sua casa ficasse repleta.
Observamos nesta passagem que Ele usa o termo “obrigar”.

Geralmente, quando ouvimos esta palavra, imaginamos logo alguém a ser arrastado para uma situação através da força, ou seja, contra a sua vontade.
Como podemos obrigar alguém a vir a Deus, mesmo contra a sua vontade?
Devemos fazer isso? Na verdade, isso aconteceu na minha família.

Recordo-me que quando alguém batia à porta da nossa casa para nos evangelizar, a minha mãe e nós, muitas vezes, ficávamos em silêncio para que a pessoa se cansasse de bater e pensasse que não havia ninguém em casa e, assim, se fosse embora. Depois de uma obreira da Igreja, por várias vezes, nos convidar para ir à reunião, a minha mãe, depois de dar desculpas e mais desculpas, tais como: “o meu marido está a chegar para jantar, não posso ir, fica para outro dia…”.

Um dia, essa obreira bateu à nossa porta. Já cansada de recusar e não tendo mais desculpas para dar, a minha mãe apelou para a velha estratégia do silêncio, mas essa obreira dizia do outro lado da porta:
“-Eu sei que vocês estão aí, abre a porta”.
Por fim, a minha mãe não teve alternativa, depois de aberta a porta, ela disse incisivamente:
“-Hoje a senhora vai à Igreja comigo (era uma sexta-feira). A minha mãe tentou esquivar-se com as mesmas desculpas, mas ela não as aceitou e disse:
“-Não! Hoje a senhora vai de qualquer jeito à Igreja comigo, eu não saio daqui sozinha!”
Não teve jeito, ela teve por fim que se arrumar e caminhar os quatro quarteirões da casa até à Igreja (bendito dia!).

Ela obrigou-nos! Com a sua determinação trouxe salvação não apenas para a minha mãe, mas para toda a família que, posteriormente, também foi salva.
Portanto, não devemos ter medo de ser “inconvenientes”, mas de uma maneira inteligente e determinada, ou de maneira curta e direta, devemos trabalhar para salvar o máximo possível, seja “obrigando” ou de livre vontade.
Afinal de contas, o que está em jogo são almas!

“Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” (1 Coríntios 9.22)

Pr. Marcos Mesquita – Coimbra