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“Eis-me aqui!” vs “Não sinto de fazer isso!”

12 de July 2012

“Eis-me aqui!” vs “Não sinto de fazer isso!”

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Quando convocados para nos apresentarmos para realizarmos determinada tarefa podemos ter duas opções possíveis: ou realizamo-la ou apresentamos desculpas

“Mas, não é justo… como me podes tirar, assim, o meu sonho?… que tipo de Deus é o Senhor?… mas, eu amo-o tanto!!!… eu não consigo, é sangue do meu sangue” e as desculpas que poderíamos articular para Abraão, naquele momento em que Deus lhe pedia o seu filho Isaque em sacrifício, são, de facto infindáveis, mas nunca passariam disso, de desculpas.

Mas, há coisas que não mudam e a maior parte delas são as que se prendem à natureza humana. Observamos isso pelas respostas (desculpas) mais comuns da parte de muitas pessoas no momento em que Deus as chama para o sacrifício e que são as seguintes: “Não SINTO no meu coração de fazer isso… não tenho condições… Deus sabe da minha situação…”

No entanto, por um curto espaço de tempo, coloque-se nas sandálias de Abraão e concentre-se no momento em que Deus lhe deu uma ordem, dizendo: “Toma agora o teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas; vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto (ou seja: amarra as mãos e os pés de Isaque, corta-o em pedaços e depois lança fogo nos pedaços até que sejam reduzidos a cinzas… Isto é o holocausto) sobre um dos montes que te hei-de mostrar” (Génesis 22.2).

Qualquer um pode concluir que Abraão não SENTIA VONTADE NENHUMA de fazer aquilo não é? E que pai SENTIRIA vontade de fazer semelhante monstruosidade? Pelo contrário, com certeza ele sentia vontade de dizer umas quantas palavras a Deus sobre como aquilo não estava certo, no entanto, a reação de Abraão foi extraordinariamente espetacular, porque ele agiu pela obediência à VOZ de Deus (fé inteligente) e não pelo que SENTIA, que eram duas coisas completamente diferentes.

Humanamente falando, ele não tinha condições de fazer aquilo, posto que, perdendo o seu único filho legítimo, poderia dizer adeus à descendência que tanto queria… porém, mesmo assim o fez, superando e contrariando as suas VONTADES/SENTIMENTOS. Em todo o processo, Abraão nunca deu a desculpa favorita de muitos, que é: “DEUS SABE!” e, falando nisso, quem foi o inventor dessa frase, aparentemente, “inocente”, “sincera” e “inofensiva”, mas que, quando usada em situações como esta, apenas tenta disfarçar dúvidas escondidas?

A primeira vez que esta expressão foi usada está em (Génesis 3.5), numa circunstância que nada tem a ver com a que o ser humano se habituou a dar-lhe! Por isso, de cada vez que pensar dar a desculpa “Deus sabe!”, saiba que Ele sabe sim, que muitos de nós usamos o que for necessário como “desculpa”, até mesmo O próprio Deus.

Pr. James Alves