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O caroço da ameixa

10 de March 2023

O caroço da ameixa

Por favor, pela sua vida, tire um pouco do seu tempo para ler este diálogo entre uma criança de tenra idade e o seu pai.

– Pai, que fruto é este que a mãe comprou?
– É uma ameixa, filho. É muito saborosa.

– Pai, como se come? Temos que descascar?
– Bom, como preferir. Eu prefiro tirar a pele.

– E depois, comemos tudo?
– Não (risos!), o caroço não é para comer.
– Caroço?
– Sim. A ameixa é composta por três partes, a pele, a polpa e o caroço. Normalmente, retiramos a pele, pois pode ter um sabor um pouco amargo. A seguir, vem aquilo que todos procuram na ameixa – a polpa. Por fim, vem o caroço. Na verdade, poucos querem saber do caroço. Para além de estar escondido, não é bonito, nem comestível. Infelizmente, na maior parte das vezes é jogado no lixo.

– Pai, se o caroço não serve para nada, qual a razão de estar dentro da ameixa?
– Filho, senta aqui que eu vou contar algo importante. Cada um de nós é como a ameixa. Também temos três partes. Em vez de pele, temos corpo. Em vez de polpa, temos espírito. Em vez de caroço, temos alma. No caso da ameixa, antes de existir pele e polpa, já existia caroço, mas, infelizmente, apesar desta importância, ninguém procura a ameixa pelo caroço… Da mesma forma, ninguém nos procura pela alma que temos. Procuram-nos porque o nosso corpo é bonito (apesar de por vezes ser amargo), ou pela inteligência ou pelas habilidades que temos (espírito), mas a alma fica esquecida…

– Pai, quantos anos vive a ameixa?
– …filho, infelizmente, assim fresquinha como essa que a mãe comprou, vai durar apenas alguns dias…

– Apenas dias?
– Exato, apenas dias. A pele vai secar e cair. A polpa vai ficar madura demais e todos vão deixar de ter interesse nela. O caroço, que ninguém deu valor porque estava escondido, não era bonito, nem comestível, esse sim, vai permanecer…

– Pai, posso guardar o caroço e não jogá-lo no lixo?
– É uma decisão sua!

O Senhor resgata a alma dos Seus servos, e nenhum dos que nEle confiam será punido. Salmos 34:22

Pr. César Ribeiro — Lisboa – Portugal