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Trem da Vida

24 de September 2011

Trem da Vida

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Há algum tempo atrás li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns desembarques e grandes tristezas noutros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem connosco. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível… Mas, isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super-especiais para nós, embarquem.

Chegam os nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém sequer percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o mesmo, atravessemos, com grande dificuldade, o nosso vagão e cheguemos até eles… só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas… porém, jamais, retornos.

Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual estação desceremos, muito menos os nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se, quando descer desse trem, sentirei saudades… Acredito que sim, separar-me de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo doloroso, deixar os meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza, será muito triste, mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram… e o que me vai deixar feliz, será pensar que colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Espero ter colaborado em algo, Bjf

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